O contrato firmado com o Albert Einstein para a administração do hospital instalado dentro do estádio foi firmado em abril com duração de 120 dias, o que permitiria o funcionamento do hospital até o final de julho. No entanto, segundo Bruno Covas, a evolução positiva da epidemia na cidade permitiu que o hospital fosse fechado mais cedo.
“Com os números que nós temos na cidade de São Paulo, nós temos além dos 1340 leitos de UTI, 1984 leitos de enfermaria que foram criados para poder atender a população na cidade de São Paulo, nós estamos hoje com uma taxa de ocupação desses 1.984 leitos de 48%, desde o dia 1º de junho essa taxa vem diminuindo na cidade de São Paulo e nos últimos dez dias nós estamos com uma taxa abaixo dos 50%, por isso, que então, a Prefeitura entende que chegou o momento de começar a fechar esses leitos na cidade e vamos fechar na segunda-feira o hospital municipal de campanha do Pacaembu”.
Questionada pelo G1 na segunda-feira (22) sobre a possibilidade de encerramento do hospital no Pacaembu, a Prefeitura de São Paulo negou que houvesse qualquer “decisão que envolva o fechamento dos Hospitais Municipais de Campanha do Pacaembu e do Anhembi” e disse “lamentar que nesse momento de pandemia a imprensa divulgue fake news.” Nos últimos dias, a ocupação do hospital estava em cerca de 15%.
O hospital teve 1.500 pessoas internadas e 99,8% tiveram altas, segundo o prefeito. Cada internação custou R$ 15,3 mil.
"O custo inicial previsto para o Hospital Municipal de Campanha do Pacaembu era de 28 milhões e 600 mil reais já incluído aí tanto o investimento, quanto o custeio, desses R$ 28 milhões e 600 mil o custo final vai ser de R$ 23 milhões, se a gente dividir os R$ 23 milhões pelas 1.500 internações que nós tivemos lá, nós vamos chegar a um valor de R$ 15.300 que foram gastos para cada internação no hospital de campanha do Pacaembu que salvou 99,8% das pessoas que por lá passaram", disse o prefeito.
O hospital Albert Einstein afirmou que vai doar R$ 7 milhões em equipamentos para três hospitais municipais da Zona Leste com maior mortalidade.
"O Albert Einstein, a OS que administrou aquele espaço vai doar para a Prefeitura de São Paulo todos esses equipamentos quer lá eles utilizaram. O custo desses equipamentos, 15 ventiladores mecânicos, 40 monitores, 15 desfibriladores, 80 glicosímetros, 30 oxímetros, 16 camas de UTI, 10 camas hospitalares, 20 macas, 50 mesas de alimentação, 50 cadeiras higiênicas e 250 colchões", disse.
"O custo de todos esses aparelhos é de R$ 7 milhões, então, além da Prefeitura ter gasto os R$ 23 milhões, ela está recebendo agora de doação do Albert Einstein R$ 7 milhões de equipamentos que vão ajudar a equipar ou melhorar os equipamentos dos três hospitais municipais que ficam lá também no fundão da Zona Leste: Hospital de São Miguel, Hospital de Cidade Tiradentes e o Hospital de Itaquera, exatamente, porque lá se concentram 4 dos distritos com maior mortalidade de coronavírus na cidade de São Paulo", completou.
Covas detalhou os números dos atendimentos do Pacaembu em dois meses. O hospital começou a receber pacientes em 6 de abril.
"Lá nós temos 200 leitos, dos quais 16 de estabilização e 184 de baixa complexidade, 588 profissionais de saúde, tivemos lá quase 1.500 internações, um milhão e 900 mil medicamentos dispensados pela farmácia, quase 51 mil refeições foram servidas, 939 tomografias realizadas, 815 radiografias, 192 ultrassonografias e 44 mil exames laboratoriais, além de 11 mil ligações que foram feitas para os familiares, 713 videochamadas."